Troncos de árvores, atoleiros, tubos, rotas em zigue-zague, curvas fechadas, veículos atolados na lama, ronco de motores, “chuva de lama”, adrenalina e muita disposição. Assim é o Desafio Fenajeep, prova que iniciou nesta sexta-feira, 31 de maio, e vai até domingo, 2 de junho, na 30ª Festa Nacional do Jeep.
Ao todo, 52 inscritos participam da disputa deste ano, competindo pela diferença de centésimos de segundos para garantir as boas colocações e, quem sabe, a vitória. Em uma pista de cerca de 400 metros, a habilidade do piloto e as estratégias dos “Zequinhas” também contam na competição, que é bastante prestigiada pelo público presente.
Novamente, as participantes se dividem nas quatro categorias da prova: Jeep, Stock, Graduado, e Força Livre. “A categoria Jeep, de iniciantes, que conta com a participação de jipes menores, superou as nossas expectativas neste ano. Percebemos que o pessoal que tem esses veículos e costuma fazer trilhas se interessou pela prova e inscreveu. É uma categoria que vem crescendo a cada ano, assim como a prova em si também, que nesta edição teve as inscrições encerradas em poucas horas”, comenta um dos diretores da prova, Luiz Gustavo Ullrich, também presidente do Brusque Jeep Clube.
O também diretor da prova, Herick Pavin, explica que nesta edição, a pista do Desafio foi pensada para ser mais rápida e técnica, comparada a de 2023. “Estamos com menos quebras nos carros, e vimos mais velocidade. A primeira categoria aprovou a pista, tivemos poucos empecilhos e tudo está correndo conforme o planejado. Acreditamos também que até domingo os participantes vão conseguir diminuir ainda mais o tempo de velocidade, que neste primeiro dia está com cerca de 1min para uns 45 segundos”, projeta.
Força e adrenalina
Entre os competidores do Desafio Fenajeep deste ano estão Daniel Gay e Matheus Gay, de Guaratinguetá (SP). A dupla de irmãos já participa há alguns anos da festa e, em 2023 conquistou o segundo lugar no Desafio. “A vida inteira participamos de trilhas, desde pequenos, acompanhávamos nosso pai e viemos há anos aqui na Fenajeep. Nesta edição temos a meta de erguer a taça de campeões do Desafio”, comenta Daniel.
Ambos se revezam entre no controle da direção e como braços de ‘zequinha’ durante a prova de habilidade. “Temos uma oficina mecânica e nossa vida é o 4x4. E estar com a nossa família aqui é uma cumplicidade muito grande, temos uma grande sincronia, o que conta muito, pois já sabemos o que o outro pensa durante a prova”, completa.
Segundo eles, o maior obstáculo do Desafio Fenajeep é concorrer com a adrenalina. “Temos que controlá-la para conseguir deixar o carro inteiro até o final das disputas. Sem dúvida, participar da Fenajeep é um grande diferencial, pois é um evento nacional. Aqui nos sentimos com uma responsabilidade ainda maior, em fazer a prova bem feita e bonita, porque é uma vitrine para todo o país”, completa.
Participando há anos da Fenajeep, mas pela segunda vez no Desafio Fenajeep, a piloto Viviane Schroeder é uma das poucas mulheres presentes na prova. Ela conta que o marido gostava de trilhas e, depois de o mesmo ter quebrado o braço, em 2022, ela assumiu o volante no lugar dele e começou a participar das provas em diversos locais. “Em 2023 fizemos as sete etapas do Campeonato Radical, ficamos na final, em segundo lugar, onde fui a única mulher a participar. Isso sem dúvida nos motiva, pois é gratificante representar as mulheres, afinal são poucas que estão nessas competições”, pontua.
Segundo ela, participar do Desafio Fenajeep é uma grande oportunidade. “Aqui a adrenalina é maior. Além disso, ver a arquibancada cheia, com o público todos os dias vibrando, não tem preço. Com certeza participar da Fenajeep já é uma vitória, mas a expectativa é sempre estar no pódio, no final”, acrescenta.